quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Mendigo no Ensino

Sou um mendigo no ensino.

Sou mendigo do curso de Psicologia na Universidade Federal do Pará. Sinto que todo dia devo esmolar aos mendigos-mestres-doutores de meu curso, que saiam de seus laboratórios de produção científica (e toda essa baboseira de academicismo inútil) para que possam entender um pouco mais das problemáticas de nossa sociedade.

E como todo bom mendigo, tenho esperança. Não desisto nunca.
Encho o saco mesmo!

Continuo acreditando que um dia eles possam perceber que estudar temas como: "Sistemas hierárquicos na cadeia produtiva de uma sociedade de cupins", não é tão urgente! E não adianta tentar convencer um mendigo com esse papo de "Como entender a sociedade humana, se não entendemos meros cupins?". Puro Reducionismo frágil. Mendigo não é besta não, é "vivido"!

Mas, como todo bom mendigo, às vezes apanho... e feio. Sou expulso de lugares e impedido de dar minha opinião. Me reprovam, me tiram pontos e me sacaneiam. Virei piada.

E o pior: o olhar das pessoas que me rodeiam (e às vezes até passam por cima de mim), tá viciado! Perderam a crítica que tinham à respeito de meus problemas.

Tornei-me comum. Virei paisagem urbana. Tem gente que até me chama de arte pós-moderna.

Pode?

Um comentário:

Jéssica Oliveira disse...

Arrasou na crítica!

Só não deixa de persistir, senão vai ficar que nem essas pessoas de plástico...