Ultimamente tenho sentido na pele a capacidade - e o poder - que as vivências culturais possuem de prevenir comportamentos de risco e promover saúde e "qualidade de vida".
É batata.
Os sentimentos de pertencimento e completude - misturados com uma boa dose de endorfina e dopamina - produzem uma sensação única. Indescritível. A gente se sente bem com "pouco".
A minha rua foi pavimentada. A praça que têm na frente de casa foi reformada. É possível exercitar-se com mais dignidade. E de "graça".
Hoje vi um mendigo correndo. Estava ouvindo John Mayer Trio. O olhar dele me fez acreditar que pensava em alguém ou alguma coisa muito especial. Seu olhar refletia o olhar de uma outra pessoa, uma mulher. Dona de um olhar verde, profundo. O drogado parecia alucinar ao lembrar do cheiro único daquela pele macia.
E ele por várias horas aparentava não pensar em mais nada além de chegar em seu barraco, tomar um chá de erva doce, ler algumacoisapertinente e dormir.
Será que é tão difícil assim de entender?